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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sexualidade nas diferentes fases da vida
A sexualidade humana nasce com o indivíduo e transforma-se constantemente ao longo de toda a sua evolução, porém só desaparece com a morte."
Mesmo antes do bebê nascer, tem início a formação de uma importante parte da sexualidade do indivíduo: é a formação do sexo biológico, que vai determinar a designação sexual ao nascimento menino ou menina.
A partir daí, a sexualidade vai se desenvolvendo com características específicas para cada uma das fases da vida, transformando-se e ampliando-se até o fim da vida, não acabando jamais.
Vejamos algumas dessas características próprias de cada etapa de vida:
Sexualidade na infância

Predomínio do prazer corporal difuso e inespecífico.
0 a 18 meses:
Sensações de prazer vindas da exploração oral (mamar, sugar, chupar dedo, levar coisas à boca) Conhecimento e exploração do próprio corpo (identidade corporal) Formação da identidade genital (brinca com os genitais na hora do banho ou da troca da fralda)

18 meses a 3 anos:
Interesse pelas diferenças entre adultos e criançasConsciência da identidade de gênero (sente que pertence ao grupo dos homens ou das mulheres)
3 a 6 anos: Reconhecimento das diferenças entre os sexos (olha e toca o próprio corpo e o de outras crianças)Interesse sobre a origem dos bebêsAprendizado dos papéis sexuais (comportar-se como homem ou como mulher)
6 a 9 anos: Brincadeiras sexuais consigo mesmo ou com crianças do mesmo sexoInteresse crescente por assuntos sexuaisAumento das influências externas - família, escola, igreja, amigos, mídia (modelos educativos mais repressores ou mais liberais)
9 a 11 anos: Interesse e atração pelo sexo oposto de forma platônicaFase de vergonha do corpo (retraimento nas atividades mais íntimas, necessidade de privacidade)Aumento da atividade auto-erótica (masturbação) Aumento da procura de informações sobre sexo (principalmente sobre as mudanças da puberdade)
Sexualidade na adolescência

Aparecimento do prazer erótico-genital, início da função reprodutiva e consciência da orientação afetivo-sexual.Intenso interesse e preocupação com as mudanças do corpo (pelos, acne, mamas, estatura, aspecto dos genitais, etc.)Mudanças hormonais desencadeando o início da puberdade e da capacidade reprodutiva - menstruação e ejaculação o Interesse consciente pelo sexo - masturbação, relação sexual, virgindade, métodos anticoncepcionais, sexo seguroAprendizado das relações afetivas interpessoais (ficar, namorar, transar, romper, separar) Expectativas, fantasias e ansiedades sobre a iniciação sexual Consciência da orientação afetivo-sexual (homo/hetero/bissexualidade)
Sexualidade na idade adulta

Função sexual plena: prazer erótico-genital, capacidade reprodutiva e vivência da intimidade.

Maturidade do sistema sexual (erotismo + reprodução) Diversidade de experiências sexuais (sexo fora do casamento, diferenças nos comportamentos de homens e mulheres) Interesse pelo estabelecimento de vínculos afetivos mais estáveis (namoro firme, casamento) Importância da qualidade do relacionamento conjugal e familiar para a vida sexual Ter ou não ter filhos - controle da função reprodutiva, uso de métodos anticoncepcionais, infertilidade Mudanças sexuais na gravidez, puerpério e amamentação (erotismo x maternidade) Influência do stress sobre o desempenho sexual
Sexualidade na terceira idade

Predomínio da vivência da intimidade, capacidade erótica preservada, declínio da função reprodutiva.

Atividade sexual pode continuar por toda a vida, desde que mantida uma regularidade no relacionamento sexual Resposta sexual se torna mais lenta com a idade, mas nunca desaparece por completo (ereção e lubrificação mais demoradas, contrações orgásmicas menos intensas, período refratário mais longo, no homem)Maior problema: o preconceito A menopausa marca o término da função reprodutiva na mulher, e não o fim da função sexual erótico-afetiva O homem preserva a capacidade de gerar filhos até o fim da vida A terapia de reposição hormonal na menopausa (TRH) e o uso do Viagra - mitos e verdadesVida sexual pode ficar comprometida por debilitação física, doenças e efeitos de certos medicamentos Dificuldades sexuais em relação direta com a crise existencial e com a forma de encarar as "perdas" (aposentadoria, saída dos filhos, sinais de envelhecimento corporal, solidão)
Receitinha para uma boa vida sexual: Um corpo saudável, numa mente jovial, muito amor e bom humor. Dizer não à preguiça, à apatia, à rotina, à obesidade, ao sedentarismo, à auto-medicação.
Lembrete importante: "Saúde sexual é mais que a ausência de doenças. Vai muito além da ausência de gravidezes indesejadas, DSTs e coerção sexual. Ter saúde sexual é ter a capacidade de obter prazer a partir da atividade sexual e das relações íntimas.
Envolve respeito a si mesmo e aos outros, não-exploração, gratificação e alegria. Depende do bem-estar do indivíduo e de seu senso de auto-estima. Requer confiança, honestidade e comunicação entre os parceiros."
Você sabia?

·    Sexo na gravidez é permitido e saudável, principalmente para mulheres que optarem pelo parto normal, ele ajuda a trabalhar os músculos da vagina, além de ser um ótimo exercício, liberar adrenalina e endorfina que deixam as grávidas mais relaxadas e felizes.Tenha somente cuidado em gravidez com complicações como a hipertensão, pois o sexo faz subir a pressão arterial. E não! Você não irá “cutucar” o bebe com seu pênis.
·         As mulheres não sentem menos prazer que o homem, isto é algo que varia de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa, as mulheres sentem necessidades sexuais tanto quanto os homens, afinal sexo é saúde (sexo seguro, claro).
·         Que há algum tempo as pessoas achavam que só os chamados grupos de risco, formados por homossexuais, usuários/as de drogas injetáveis, hemofílicos/as e trabalhadores/as do sexo, contraíam (pegavam) doenças como DST/HIV- Aids?Mas, ficou claro que não é bem assim. Sabe-se agora que todas as pessoas estão em risco de contrair uma DST/HIV-Aids. A grande diferença é o quanto cada pessoa está vulnerável a contrair uma DST/HIV-Aids.
·         As doenças sexualmente transmissíveis encontram- se entre as infecções mais comuns do mundo. Nos países ocidentais, o número de indivíduos com essas doenças aumentou continuamente a partir da década de 1950 até a década de 1970, mas acabou se estabilizando na década de 1980. Contudo, no fim da década de 1990, o número de indivíduos afetados por doenças sexualmente transmissíveis começou novamente a aumentar em muitos países, inclusive nos Estados Unidos, sobretudo pela sífilis e pela blenorragia (gonorréia). Anualmente, mais de 250 milhões de indivíduos em todo o mundo (quase 3 milhões nos Estados Unidos) são infectados pela gonorréia. Em relação à sífilis, os números são de 50 milhões em todo o mundo e de 400 mil nos Estados Unidos.

O que especialistas dizem sobre as mudanças sexuais entre as décadas:

Antigamente  as pessoas não tinham acesso ao conhecimento, não tinham liberdade para questionar a moral estabelecida. Não tinham acesso à informações ou orientações sobre a sexualidade. Sequer imaginavam a importância real da sexualidade para sua vida, e muito menos compreendiam como se dava o desenvolvimento psicossexual de uma pessoa e o quanto a sexualidade influencia na nossa identidade humana, em nossos relacionamentos,  e nossos sentimentos. E hoje estamos em pleno século XXI, temos acesso ao conhecimento, temos liberdade ética de escolha, informações e algumas orientações. E ainda não desenvolvemos uma consciência ética sobre a vivência livre da nossa sexualidade.( BONFIM, 2011 )